21 julho, 2018

Uma Revolução Silenciosa que brota do Coração


Uma Revolução Silenciosa que brota do Coração

Sento-me no olho do furacão,
No calor do vulcão em mim
E deixo fluir.
Acolho tudo que há aqui.
Como uma fênix, queimo o podre e o lodo em mim.
Renasço dos meus escombros, em espiral de reforma íntima.

Contração e Expansão, sinto cada movimento.
Inspiro e expiro, entrego-me ao fluxo vivo.
Avó Lua ensina-me a honrar meus ciclos.
Ciclos dentro de ciclos, em uma dança fractal.

Solto o som, nada a fazer, só ser!
Clima de tensão, agitação das correntes subterrâneas sob o aparente mar tranquilo.
Abraço meu medo e sigo, avante!
Nadando de peito aberto e com o coração fortalecido.

Hora de celebrar a vida!
Excitante iniciação: nova etapa da Jornada.
Pausa para respirar e ouvir o batuque do coração.
Descansar, recarregar minhas forças e meus recursos. Sigo adiante.

Dou minha mão esquerda para o meu medo da loucura e minha mão direita para meu medo de perder o controle e juntos iniciamos os passinhos para a travessia rumo ao maravilhoso desconhecido.
Movimento de enfrentamento. Crescimento.

Pé na terra e ação. Desafios à vista.
Mais um véu caiu e deixou evidente minhas expectativas irreais, autossabotagem, frustração, tristeza e dúvidas.

Deito no colo de Mãe Terra.
Conecto com o húmus. Aprendo humildemente.
Nova pausa: cuidar de mim.
Água quentinha e cura para minhas feridas abertas.
Gratidão Grande Mãe, Ventre Sagrado, sinto seu amor em mim! Sinto-me em ti!
Sou pequenina, sou parte de tudo isso!

Pai Céu, catalisa minha dor e inspira-me: "Coragem! Levanta e anda! Realiza a ação!"
Eu ouço e aprendo a enfrentar os desafios da vida.
Hora de plantar e regar. Semear e trabalhar. Confiar. Abrir mão do medo de errar, do medo de perder, do medo de fracassar. Deixar a energia fluir e dançar. Caindo e levantando.

Tempo da colheita: o brinde alegre de mais uma conquista em mim!
O brilho generoso de Avô Sol aconselha-me a seguir o Caminho com inteligência e sentimento, realizando boas escolhas. Temperança! Renovo-me a cada dia em clima de cooperação e diálogo entre minhas partes.

Honro Avó Lua e o tempo da gestação de mim. Sinto-me um feto no Útero de Grande Mãe. Aguardo pacientemente meu próprio desenvolvimento, banhada nas águas subterrâneas do Ventre Sagrado de Mãe Terra. Passo a passo vou aprendendo a magia das mortes e dos renascimentos em mim. 
Avó Lua, honro seu reino oceânico onde vivem a imaginação, a arte, os símbolos, os mitos e a força que brota dos Rios abaixo dos Rios.

Eu, Renascendo, Amoreirando e Florescendo, sou da família dos Centauros, Quíron, a Curadora Ferida. Marcada pela arte, eu canto, danço e escrevo com alegria e fé. 
Aprendiz da magia do Sagrado Feminino, sou árvore nessa abundante floresta de irmãs amazonas.
Professando o melhor de mim, honro a sabedoria e a espiritualidade em minha tarefa de ser ponte, de ser farol. 
Eu sigo aspirando superar a mim mesma e realizar tudo o que há de ser Renata. Uma Revolução Silenciosa que brota do Coração!

Renata Moreira da Silva
20 de julho de 2018